por Aline Silveira
A minha pergunta é: quando você vê um diamante bruto como este da foto, você consegue imaginá-lo lapidado? Você consegue ver a parte boa, a parte que vai reluzir e encantar?
Acho que com as pessoas é a mesma coisa. tendemos a ver a parte que nos incomoda, a parte feia, a parte que nos deixa irritados. Todo dia parece ser a mesma coisa e parece que vai ser assim para sempre. Mas e se, de repente, fizermos um esforço a mais para poder ver o outro "lado" daquela pessoa? Um esforço para vermos o lado lapidado, reluzente e transparente? As qualidades, as bondades, a luta que a própria pessoa faz para conviver com milhões de outros diamantes brutos que estão por aí?
Mudar o olhar e focar em ver o melhor é uma coisa trabalhosa e que nos toma bastante energia. Mas tenho certeza que, mesmo não desejando conscientemente isto, as coisas ruins acabam não aparecendo mais com tanta frequência e, as coisas boas, surgem com mais facilidade e mais repetidamente durante o nosso dia. E se esta atitude persistir durante os anos, talvez possamos ser pessoas melhores. O nosso entorno poderá será melhor, nossas expectativas não serão tão frustradas, nosso viver será mais tranquilo. Mais ou menos como um provérbio chinês que diz assim: "espere o melhor, prepare-se para o pior, receba o que vier".
Ser uma pedra bruta, sim, mas sabendo que pode ser lapidada. Presenciar uma pessoa num momento arrogante, sim, mas sabendo que talvez ela não seja sempre assim. Quem sabe praticar mais santosha (contentamento) com o que temos, procurando sempre melhorar, seguir um caminho que tenha mais a ver com a gente, se deixar machucar menos pelo outros, ser forte, persistente e ensinar, na medida do possível e do exemplo, que não precisamos cair nas redes do mau-humor, da amargura e da auto-piedade. Fácil não é, mas não é impossível. Aliás, o impossível só existe até alguém conseguir torná-lo possível.
Om Namah Shivaya
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