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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O futuro é de bambu

Bonito, leve e renovável, este é o bambu. A planta tem tudo para se firmar como alternativa à madeira e contribuir para uma arquitetura mais sustentável. Há milênios o bambu é empregado na construção de casas no Japão e na China, mas só nos últimos anos começou a ser empregado por aqui. Pesquisas na construção civil avalizaram sua resistência e durabilidade e pessoas do mundo todo redescobriram o bambu e passaram a usá-lo em seus projetos.

O bambu tem chamado atenção por vários motivos. Um deles é que em apenas três anos está pronto para o corte. Sua beleza e sua resistência também surpreendem: a compressão, a flexão e tração ja foram testadas e aprovadas. E mais, se tratado adequadamente tem durabilidade superior a 25 anos, equivalente a do eucalipto. Os tratamentos químicos são necessários e são para remover pragas como brocas, mas cupins não se interessam pelo bambu.

Das cerca de 1300 espécies conhecidas, há pelo menos 400 no Brasil. As espécies mais indicadas para a construção são: guadua, gigante e mossô. Todos são encontrados no Brasil, onde existem grandes florestas inexploradas de várias espécies. Só no Acre os bambuzais cobrem 38% do estado.

Com as pesquisas realizadas em universidades, arquitetos se animaram e tem experimentado o bambu em seus projetos. E muitos tem apostado em projetos que conciliam natureza e tecnologia. Em áreas externas, os produtores recomendam aplicar verniz naval para proteger do calor, do frio e da chuva. Dependendo de como aplicado, quebra a robustez do aço e proporciona uma atmosfera tranqüila, com fluxo um mais leve de ar.

Casas feitas de bambu são muito comuns pelo mundo afora. A estimativa é que mais de 1 bilhão de pessoas morem em construções de bambu em todo o mundo. Infelizmente, grande parte foi construída em países em desenvolvimento com técnicas tradicionais que estão se perdendo.

O desafio agora é resgatar conhecimentos e divulgar o bambu, eliminando a idéia de que ele seria um material menos nobre. É necessário também aprimorar técnicas para a aplicação em projetos de alto padrão.

As apostas na planta como substituta do aço e da madeira

A ideia é: em vez de florestas de eucaliptos, bambuzais, e em vez de vigas de aço, varas de bambu. As varas, que podem ser usadas como pilares, vigas e pisos, são mais leves do que a madeira e têm força de tração similar à do aço. O aproveitamento é total: placas de treliças, réguas e mosaicos destinados à decoração são feitos a partir dos bambus tortos. Só os colmos perfeitamente retilíneos são adequados para uso na construção civil. Dessa maneira, nada se perde. Seu cultivo é sustentável, pois ao contrário do pínus e do eucalipto, o bambu precisa ser plantado apenas uma vez e a partir do sétimo ano tem extração anual perene. É uma planta de sucessivas brotações e permite muitos cortes, oferecendo um cultivo e manejo simples e sustentável.

domingo, 29 de agosto de 2010

IV Encontro Paulista de Ayurveda

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A ABRA (Ass. Brasileira de Ayurveda) em conjunto com o SESC Pompéia realizará o IV Encontro Paulista de Ayurveda nos dias 11 e 12 de setembro.
Este é um encontro filantrópico, educacional e totalmente sem fins lucrativos, que tem como meta a divulgação do ayurveda para todos. Neste ano contará com palestrantes nacionais e internacionais.

A entrada tem valor humanitário: 02 kilos de alimento por convite. No ano de 2009 foi arrecadado cerca de uma tonelada de alimentos. Todo alimento arrecadado será doado para o GOAS (Grupo de Orientação e Assistência a Saúde). Para conhecer melhor visite: www.goas.org.br

O público alvo do evento são médicos, terapeutas, massoterapeutas, esteticistas, fisioterapeutas, enfermeiros, naturologos, agentes da saúde em geral, alunos e profissionais de ayurveda, pessoas ligadas à cultura e filosofia Hindu, professores e alunos de yoga, filósofos, antropólogos e estudantes de história, bem como todos que demonstrem interesse pelo tema.

Confira agora a programação completa do evento:

Programação do dia 11/09

Abertura do SESC Pompéia
9:30hs às 10:30hs

Palestra: "A Tradição do Ayurveda"
Conferencista: Dr. Aderson Moreira da Rocha (Brasil)
10:45hs às 11:45hs

Palestra: "Neurociência e Meditação"
Conferencista: Prof. Roberto Simões (Brasil)
12:00hs às 13:00hs

Palestra: "Satsanga: Ayurveda, Meditação e Yoga"
Conferencista: Acharya Mahamandaleshwara Swami Nardanand (Índia)
13:00hs às 14:00hs

Almoço
14:00hs às 15:00hs

Palestra: "Nidana/Samprapti: Etipatogenia e Fisiopatologia em Ayurveda"
Conferencista: Dr. Luiz Guilherme Corrêa Neto (Brasil)
15:15hs às 16:15hs

Palestra: "O Poder dos Mantras no Ayurveda"
Conferencista: Prof. Vilma Navega (Brasil)
16:30hs às 17:30hs

Palestra: "A integralidade na Ayurveda"
Conferencista: Dra Ramya Bokkolla Geya (Índia)


Programação do dia 12/09

Abertura do SESC Pompéia
9:30hs às 11:00hs

Aula de Yoga: "Yoga nos Pancha Maha Bhutas"
A inter-relação do yoga com os cinco elementos
Professora: Prof. Andrea Alves (Brasil)
11:15hs às 12:15hs

Palestra: "Yoga e Ayurveda, duas ciências irmãs..."
Conferencista: Keli Parayana Dasa (Argentina)
12:15hs às 14:00hs

Almoço
14:00hs às 15:00hs

Palestra: "Como a alimentação na Ayurveda auxilia para ampliação de consciência"
Conferencista: Dra. Rosana Takako Ide (Brasil)
15:15hs às 16:15hs

Palestra: "Ayurveda e os Aspectos do Feminino"
Conferencista: Dra. Rita Tocantins (Brasil)
16:30hs às 17:30hs

Palestra: "Shiro Dhara - O Fluxo divino"
Conferencista: Prof. Erick Schulz (Brasil)

Observações importantes:
*Para existir uma melhor organização, a troca de convites será realizada na sede da Associação Brasileira de Ayurveda na cidade de São Paulo/SP, que fica localizado na Rua Coriolano, 169, aproximadamente a três quadras do SESC Pompéia.
*Os convites serão somente trocados antecipadamente no posto de troca.
*Os participantes que estarão vindo de fora da cidade de São Paulo e não tem como trocar os quilos de alimento pelo convite, por favor, entre em contato com a Sede da ABRA em São Paulo (11) 3862-7321 para saber como proceder, somente estaremos reservando convites, por telefone.

Para demais informações:
Erick Schulz - Coordenador do "III Encontro Paulista de Ayurveda"
Telefone: (11) 3862-7321 ou e-mail: atendimento@ayurveda.org.br


Lançamento

Paralelo ao Encontro, haverá o lançamento do livro A Tradição do Ayurveda, do Dr. Aderson Moreira da Rocha em São Paulo, no Instituto Naradeva Shala, dia 11 de setembro às 19h.

Naradeva Shala
Rua Coriolano, 169/171
Pompéia, São Paulo/SP
www.naradeva.com.br
(11)3862-7321

Mais sobre o autor e o livro em www.ayurveda.com.br

sábado, 28 de agosto de 2010

Especial O poder do Mel – O que é, suas propriedades e como comprar

por Tatiane Rangel

Estamos iniciando uma série de artigos sobre um poderoso alimento, o mel. Serão textos com informações sobre as propriedades terapêuticas e medicinais do produto como alimento, além do importante papel que ele tem na cosmetologia. Falaremos também de outros alimentos relacionados à apiterapia – o pólen, a geléia real, a própolis e a cera de abelhas – que também têm papel importante nas medicinas tradicionais. Neste primeiro artigo falamos sobre sua origem, como é produzido, suas propriedades nutricionais e medicamentosas, seus ingredientes e dicas para comprar um mel de boa qualidade.

O consumo de mel acompanha a história do homem desde os primórdios, as referências a ele nas escrituras de diversas culturas são inúmeras. Na Espanha há uma caverna onde foi encontrada uma pintura de uma figura humana tirando mel de uma colméia que tem idade estimada em 15 mil anos.

É produzido pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores e de outras matérias açucaradas que recolhem das plantas. As abelhas as transformam, enriquecem e depositam nas células dos favos de cera. Cada variedade de mel tem suas propriedades específicas destacadas de acordo com as espécies botânicas das floradas. A composição, o aspecto, o sabor e a coloração variam de acordo com as flores que provêm, de sua origem e da região. Das 20 mil espécies de abelhas conhecidas, apenas quatro produzem mel, são os únicos insetos capazes de produzir alimento para o consumo humano. A mais conhecida das abelhas é a apis melífera, que tem ferrão e é originária da Europa e Ásia. É criada em larga escala para produção de mel. As espécies nativas do Brasil e dos demais países das Américas não possuem ferrão.

O mel é fonte de vida.
Em seu processo de produção está interligada
toda riqueza da terra, que através do néctar
reflexa as radiações do sol, os efeitos do ar e
chuva que estão em contato com as flores.

Seu valor é reverenciado em todas as culturas, é respeitado e considerado como um dos melhores e mais versáteis alimentos que se conhece. Riquíssimo em nutrientes, é indicado na dieta diária de todas as pessoas, com exceção dos diabéticos.

É reconhecido pelas propriedades antimicrobianas e pela eficácia no combate de enfermidades do aparelho respiratório. Também pela eficácia contra as infecções e pela ação descongestionante das mucosas da garganta. É energético por conter açúcares simples, que são assimilados rapidamente pelo organismo, contribuindo com a manutenção do esqueleto com o cálcio e a regeneração do sangue com o ferro.

Contém propriedades antibióticas e cicatrizantes, sendo muito usado em queimaduras e feridas. Possui atividade antianêmica, proporcionando aumento de hemoglobinas no sangue. Facilita as funções digestivas e respiratórias e tem propriedades diuréticas e sedativas.

No mel há mais de 150 elementos diferentes. Alguns deles são: protídeos, lipídeos, sais, fósforo, ferro, potássio, cálcio e vitaminas variadas. É rico em açúcares, minerais e enzimas (proteínas que atuam em processos vitais). Seu valor energético e sua fácil digestão e assimilação são vitais para a atividade física e mental.

Naturalmente o mel tende a cristalizar, adquirindo uma consistência dura. Todo mel puro cristaliza com o tempo e mais rapidamente em baixas temperaturas. Cristalizado varia na cor, no paladar e na consistência, porém, tais alterações acontecem somente na forma do mel, pois suas propriedades nutritivas e medicinais são preservadas. Para retomá-lo à forma líquida original basta deixá-lo por algum tempo em banho-maria.

Na grandes indústrias de mel é utilizado o processo de pasteurização do mel para mantê-lo sempre líquido nas prateleiras dos supermercados. Entretanto, a pasteurização faz com que o mel perca grande parte de suas propriedades e se transforme em um produto que funciona apenas como adoçante. O mais recomendado é comprar o mel diretamente das cooperativas produtoras ou dos apicultores que engarrafam o produto.

Uma dica para quem mora no Rio de Janeiro: há uma loja que testa e certifica a pureza de todos os produtores e marcas de mel que vende. É possível encontrar mel de várias floradas e ainda experimentar os mais variados tipos antes de comprar. Também é possível comprar (e provar) própolis, cera, pólem e geléia real.
Coapimel – Cooperativa Apícola do Rio de Janeiro
Cobal do Humaitá, rua Voluntários da Pátria, 448, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21)2535-6812

Alimentação e Ayurveda

por Brenda Kalil

Ao ler este título, a maioria das pessoas já pensa num cardápio específico, restritivo e ou vegetariano (vegano-estrito). Isso sem citar o folclore de ter que importar tudo da Índia para que o consideremos ayurvédico. Ledo engano. Como a própria palavra diz, Ayurveda significa o estudo da vida (ayur é vida e veda, conhecimento, ciência). Então, como vamos especificar um mesmo cardápio para diversas latitudes e longitudes do planeta, sem observar as condições climáticas as quais os indivíduos de cada região são expostos e, primordialmente, as características de cada local? Seria inevitável incorrer em erros.

É por isso que o Ayurveda estuda cada indivíduo como exclusivo, único, e orienta uma dieta de acordo com as suas individualidades, levando em conta a sua exposição ao trabalho, intempéries, ao dia-a-dia. Por exemplo, se tivermos dois indivíduos vata, será que podemos recomendar a mesma dieta para ambos? Leite é um dos alimentos benéficos para vata, mas e se um dos indivíduos tiver intolerância à lactose, o que é muito comum nos dias de hoje? E atualmente nem sabemos se temos acesso ao que realmente poderíamos chamar de leite, se lembrarmos da forma como são criadas as vacas e a sua manipulação pelo homem na ganância de auferir lucros.

O Ayurveda postula a divindade dos alimentos como era antigamente, quando o alimento era considerado algo vivo, que trazia a vida em seu interior. Atualmente, como obtemos nosso alimento? No supermercado, embalado, transportado, com conservantes e etc. Ou já o compramos semipronto, pré-cozido, tudo isso em nome de uma praticidade e modernidade sem medida.

Por que mencionamos tudo isso para falar de alimentação? Quando o Ayurveda vislumbra o alimento, direciona muito mais a energia que o envolve do que a quantificação de proteína, carboidratos e vitaminas. O que conta é seu valor real, que energia ela vai trazer, como será transmutado e como vai nutrir. E mais: como estava o indivíduo no momento de sua ingestão e em que ambiente ela ocorreu? Por exemplo, não devemos comer assitindo televisão ou após recebermos uma notícia catastrófica, afinal já foi bastante demonstrado como alimentar-se nestas condições pode ser prejudicial.

Como devemos proceder? Primeiro, observar se você sabe qual seu dosha e quais os alimentos que o beneficiarão, sob qual temperatura e se possui alguma intolerância alimentar. É muito simples, basta um pouco de leitura e de conhecimento para exercermos corretamente o cuidado com nossa alimentação e saúde. E devemos lembrar com pesar o mau uso que o homem faz atualmente da carne de todos os animais. Como algo que vem acompanhado da energia de cada alimento e, desta forma, devemos estar atentos para a qualidade da energia com a qual estamos nos alimentando. Vale a reflexão.

Texto originalmente publicado no Boletim da ABRA (Associação Brasileira de Ayurveda) de 2009.

Publicamos em memória da médica especializada em Ayurveda Brenda Kalil, falecida em janeiro de 2010.
Portadora de Diabetes, por mais de 15 anos, convivia com a doença sem o uso de remédios convencionais utilizando-se somente do Ayurveda para controle e manutenção de saúde.

Você conhece o Yoga Acrobático?

por Tatiane Rangel

O Yoga Acrobático consiste na fusão da yoga, acrobacia e massagem tailandesa. A prática, além de trabalhar força física e flexibilidade, desenvolve também concentração, capacidade de confiar, habilidades de comunicação e espírito de equipe.
Louis Gabriel Watel, um dos precursores do Yoga Acrobático por aqui, acaba de abrir uma turma aberta a alunos na cidade do Rio de Janeiro. Em entrevista exclusiva à Zen People, o instrutor conta um pouquinho sobre esta dinâmica prática que está atraindo muita gente.

O que é Yoga Acrobático?
O Yoga Acrobático consiste na fusão da Yoga, acrobacia e massagem tailandesa. O trabalho se expande para explorar novas possibilidades de expressão, cooperação e harmonia entre os elementos do grupo. Além de trabalhar força física e flexibilidade, desenvolve também atributos mentais como concentração, capacidade de confiar, habilidades de comunicação e espírito de equipe.

Como surgiu? Quem criou o Yoga Acrobático?
O Yoga Acrobático tem suas maiores raízes na prática de Acrobacia que já era praticada na Grécia antiga e na China milhares de anos atrás para o desenvolvimento do condicionamento físico. Vários grupos ao redor do mundo praticam e desenvolvem esse trabalho. Há registros de Sri T. Krishnamacharya, um dos mais famosos Yoguis dos últimos tempos, “voando” alunos dele no começo do século XX. Ainda nos anos 90,grupos circense-acrobáticos no Brasil já vinham praticando igualmente o vôo acrobático. A pratica surgiu como um movimento espontâneo de interação acrobática sendo que alguns grupos tem sistematizado e compilado aquilo que foi desenvolvido através da brilhante criatividade natural do homem.

Como e quando voce conheceu? E quando começou a praticar?
Conheci o Yoga Acrobático através de um grande amigo californiano, o David Lurey, que divulgou o trabalho de um dos grupos que praticam essa modalidade de modo alegre, organizado e seguro. Depois comecei a explorar a prática de modo casual o que me levou a encontrar várias pessoas e grupos pelo mundo que abraçam essa modalidade. Comecei a praticar em 2008, mas gostaria de ter conhecido muito antes (risos).

Como é uma aula de Yoga Acrobático?
A aula é divertidíssima, sempre uma nova surpresa, uma nova interação e integração com as pessoas. Tudo é feito dentro de moldes de segurança, respeito e comunicação. Boa parte das manobras requer presença plena, concentração e uma comunicação constante, as habilidades humanas de interação são tão trabalhadas quanto a parte física.

Qualquer pessoa pode praticar?
Há praticantes de diversas idades, desde crianças até pessoas de mais de 65 anos! Logicamente que em qualquer prática há diversos níveis, no Yoga acrobático não fugimos da regra de segurança que cada um faz aquilo que se sente bem para realizar. A pratica é indicada para qualquer pessoa que tenha ou queira explorar sua consciência corporal. Existem praticantes avançados que não são acrobatas ou yogues, mas dançarinos, por exemplo. É mais uma questão de sintonia e exploração do que a capacidade pré-existente de força e flexibilidade, já que isso também vai sendo desenvolvido progressivamente com a modalidade.

É indicado para iniciantes?
Absolutamente. Existe uma aula para iniciantes que estou promovendo no momento, justamente para trabalhar passo-a-passo de modo seguro e divertido a fundação para um trabalho posterior mais avançado e elaborado.

Quais as contra-indicações?
Pessoas com problemas de coluna, ciática, pressão alta ou baixa, problemas cardíacos, glaucoma, infecções nos ouvidos, grávidas ou mulheres em período menstrual.

Qual o diferencial desta prática em relação às demais?
Venho de um histórico de prática de mais de 10 anos em artes marciais e 7 anos nas linhas mais tradicionais de yoga, a prática de Yoga Acrobático me permitiu trabalhar qualidades de interação humanas, de comunicação, cuidado, empatia, espírito de equipe, alegria e conexão que não eram para mim tão bem exploradas com o desenvolvimento desses outros caminhos. O yoga me levou ao encontro do EU, o que é imprescindível, enquanto que o Yoga Acrobático me levou para o caminho do NÓS – uma melhor dinâmica, respeito e entendimento das pessoas e do mundo no qual vivemos. :.:

A recém aberta aula de Yoga Acrobático com Louis Gabriel pode ser conferida no Espaço Gestos, na rua Conde Afonso Celso, 99, Jardim Botânico, Rio de Janeiro/RJ. Telefone: (21) 2539-9804 Toda quarta-feira às 18h.

Fotografias: Louis Gabriel e Herica Montes

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Venha conhecer e usar o Yoga Swing na Zen People

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O experiente professor de yoga e master em pilates Claudio Fernandez preparou e vai ensinar três séries de posturas que podem ser feitas no Yoga Swing. Serão séries para iniciantes, intermediários e avançados.

O Yoga Swing proporciona realizar várias posturas de yoga e executar movimentos em 360 graus. É indicado para praticantes de yoga iniciantes, avançados e também para não-praticantes. Indicado para treinamentos de força e flexibilidade, é o acessório ideal para melhorar o desempenho em todas as atividades e esportes. Com seu uso há melhora na postura, alívio de dores, maior mobilidade e elasticidade, fortalecimento do core e muito mais.

Venha descobrir conosco!

Domingo, dia 29 de agosto às 11h

Rua Jornalista Costa Rego, 104
São Conrado, Rio de Janeiro/RJ
Tel.: 3322-3565
www.zenpeople.com.br

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Retiro com David Frawley e Yogini Shambavi em outubro em Teresópolis/RJ

Zen People apoia e divulga:

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No Hotel Gaura Mandir, em Teresópolis, RJ.



Descontos no pacote até dia 20 de agosto.



Informações e inscrições:

www.casamoksha.com.br

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cuidando do kapha no inverno - segunda parte

Por Dra. Maria Stela De Simone

A digestão

O aumento de kapha gera tendência à obesidade, letargia, digestão lenta, compulsões e vícios alimentares, dor articular, diminuição da motivação, colesterol elevado, diabetes, alergias e congestões. Tal desequilíbrio é causado pelas qualidades predominantes de kapha – frio, umidade e peso – que podem afetar a digestão e torná-la lenta. Assim, a absorção dos nutrientes fica prejudicada e o corpo, além de não extrair do alimento tudo o que necessita, não elimina bem as toxinas e partículas não digeridas. Estas partículas de alimento não digerido são chamadas de "ama" em Ayurveda e, se mantidas dentro do sistema durante um período prolongado de tempo, causam congestão, danificam as células e tornam os tecidos vulneráveis às doenças.

Sobre alimentos

Identificar uma refeição que aumente muito kapha não é difícil: em primeiro lugar, observe o tipo e a quantidade de alimento que você come e a hora do dia que está comendo. Depois, veja se logo após a refeição seu corpo e sua mente experimentam uma sensação de peso, moleza e sonolência. Isso ficará mais evidente em pessoas de natureza predominantemente kapha, é claro.
O Ayurveda oferece um vasto conhecimento sobre alimentação para equilíbrio de kapha. Em primeiro lugar, se você tem uma natureza kapha predominantemente, não tem a capacidade de digerir grandes quantidades de alimentos, porque sua digestão é mais pesada e lenta, atributos da terra e da água, elementos predominantes desse dosha: é melhor que faça pequenas refeições, sem pular nenhuma. O ideal é que toda a comida seja fresca, pois só o alimento fresco é inteligente, rico em prana e ajuda a devolver o equilíbrio natural das células do corpo e da mente. Restos de comida, enlatados, congelados e alimentos velhos danificam o corpo. Os alimentos refinados não tem prana, portanto não colaboram com a nutrição profunda do nosso corpo, apesar de disponibilizarem calorias. Considere estes aspectos da próxima vez que for fazer suas compras.
Para ter saúde é preciso aprender a escolher.
Outros aspectos importantes: almoce num horário de predomínio de Pitta, entre 10 e 14 horas, tentando ficar numa faixa mais próxima do meio-dia, quando o sol está no seu ápice. Pense no seu almoço e jantar mais do que refeições como lanches, etc. Restrinja o consumo de gelados, leite, carnes, castanhas, óleos, açúcar, sal e alimentos fermentados ou com sabor ácido. Atenção, restringir não é eliminar, apenas diminuir do cardápio.
Procurar comer vegetais folhosos verdes cozidos todos os dias junto com grãos integrais, que são ricos em proteína, como a cevada, milheto, aveia, cuscuz, o trigo sarraceno, aveia, quinoa e amaranto. Lentilhas, tofu e amêndoas são também excelentes fontes de proteína. Fique longe de arroz, trigo e açúcar refinados, comendo apenas uma vez por semana.
Uma colher de sopa de mel por dia é uma ótima pedida – exceto para pessoas portadoras de diabetes. Em relação aos óleos, use duas colheres de azeite ou ghee (manteiga clarificada) por dia, mas não esqueça de que, e você tem colesterol alto, deve ser mais cuidadoso). Se a vontade de tomar leite for grande, use o desnatado, cozinhando-o durante algum tempo com uma pitada de gengibre e cúrcuma em pó antes de beber. Isso reduz bastante as propriedades “mucogênicas” (produtoras de muco) do leite e é uma etapa fundamental para pessoas com problemas respiratórios em geral, da rinite à bronquite.

Temperos são perfeitos para se conquistar uma digestão forte. O sabor picante, de acordo com o Ayurveda, é formado pelos elementos fogo e ar, por isso tem efeito bastante rápido sobre o organismo. Ex.: pimenta, páprica, gengibre seco, alho, cravo, louro, feno-grego, sementes de cominho, coentro, coentro, salsa, açafrão, canela, noz moscada, manjericão, tomilho, orégano, cardamomo, sálvia, semente de mostarda e etc.
Comer fruta diariamente para ajudar a obter as vitaminas e minerais, mas coma menos frutas doces e ácidas. A melhor forma de ingerir frutas para reduzir kapha e cozinhá-las ou assá-las com cravo.
Os sabores que ativam (aumentam) kapha são doce, ácido e salgado, por isso estes são os sabores que você deve evitar. Por outro lado, os que vão ajudar você a gerenciar bem kapha são picante, amargo e adstringente. Cultive hábitos alimentares inteligentes; você viverá mais e melhor.

Receita ayurvédica: Sopa de couve-flor

1 couve-flor fresca média
½ colher de chá de semente de coentro
½ colher de chá de sal
1 colher de sopa de castanha de caju

Lave a couve-flor e corte em pedaços menores. Adicione a água o suficiente para cozinhar numa panela grande a vapor. Tampe e deixe cozer ao fogo médio até ficar macia, cerca de 15-20 minutos. Em um liquidificador ou processador de alimentos, triturar bem o coentro, o sal e a castanha de caju. Quando a couve-flor estiver macia – sem desmanchar -, junte 1/2 xícara da água do cozimento no liquidificador e bata até ficar homogêneo, acrescentando a couve-flor em pedaços e bata um pouco mais, até alcançar a consistência desejada. Acerte o sabor.
Sirva este creme numa tigela funda. É um prato muito gostoso, de fácil digestão, nutritivo e perfeito para uma noite mais fria.
Bom apetite!

www.medicinaindiana.com.br

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Yoga Sem Fronteiras 2010

A Zen People apoia:

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Quatro dias de uma programação variada de atividades, práticas, palestras, apresentações musicais, vivências e muito mais, com expoentes de diferentes áreas e tradições compartilhando o mesmo propósito: um yoga, sem fronteiras.

www.yogasemfronteiras.com.br

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O que yoga e corrida poderiam ter em comum?

por Edy Angely

O que uma filosofia e um esporte poderiam ter em comum? Se formos investigarmos mais a fundo, chegaremos a várias similaridades, até a uma incrível união.

Tanto para a prática de yoga quanto para a corrida é necessário ter disciplina, força de vontade e perseverança. Os resultados não surgem da noite para o dia. Além disso, usando uma roupa confortável, e munido de um tapetinho (yoga), e de um par de tênis (corrida) você já pode começar. Cabe aqui pontuar, hoje em dia há vários tipos de opções tanto para vestuário quanto para calçados. No quesito tênis, existem modelos diferentes para os três possíveis tipos de passadas: neutra, supinada e pronada. Em qualquer loja especializada consegue-se informação sobre como e aonde fazer o teste.

A primeira semelhança é a respiração. É ela que vai dizer com que ritmo que sua prática e sua corrida acontecerão. No yoga respiramos apenas pelas narinas, na corrida inspiramos pelo nariz e exalamos pela boca. Porém nada impede que, se o corredor for um praticante de yoga, ele experimente a respiração nasal também na corrida, com eventuais exaladas pela boca caso precise manter a temperatura do corpo equilibrada, ou às vezes, impor outro ritmo à corrida. Os pranayamas se tornam muito eficazes quando aplicados na mesma.

O conceito ético da não violência, ahimsa em sânscrito, é base de toda prática de yoga, assim como deveria ser para a nossa vida e para a corrida também. Respeitar seus limites, e ter consciência dos mesmos. Mas como assim praticar ahimsa na corrida? Na ansiedade de buscar tempos mais rápidos ou resultados impressionantes, corremos o risco de ignorar os sinais que o corpo nos envia, e que se não estivermos “presentes no momento presente” isso passa despercebido e você pode sofrer uma lesão; da mesma forma enquanto praticamos, e por dois segundos nossa mente “voa” para longe do tapetinho...um estrago acontece, vai de um simples desequilíbrio, um mal jeito ou uma queda.

Estar presente no momento presente, na corrida? Como assim?
Prestar atenção na forma que seu pé toca o chão, calcanhar primeiro ou ponta do pé? Sentir o movimento dos músculos, as sensações nas articulações, em especial tornozelos e joelhos, como eles recebem este impacto todo que vem de baixo? E sua coluna vertebral, o tronco se encontra na posição correta, você consegue escutar, sentir o seu coração batendo e evitar que ele saia pela boca? Essas são algumas de várias ponderações que o yoga traz ao corredor praticante, sem contar nos desafios que são enfrentados e superados no tapetinho e cuja experiência você leva para a corrida. E vale dizer, para a vida também, já que a corrida para muitas pessoas significa a superação de si mesmo.

No próximo encontro falaremos mais sobre Yoga e Corrida. Boas práticas e bons treinos!

Edy Angely é atleta e professora de yoga.
www.edyangely.com

As sacolas plásticas e a sustentabilidade

por Tatiane Rangel

Há um século o plástico era visto como a melhor opção por possuir características que hoje o torna um dos maiores vilões do Planeta Terra. Ser flexível, impermeável, resistente e pouco reativo a produtos químicos deixou de ser qualidade da matéria-prima e tornou-se uma grave ameaça ao meio ambiente ao longo do tempo com seu uso excessivo.

Com a sustentabilidade em alta, as embalagens plásticas tradicionais perderam espaço para os modelos ecológicos nos últimos anos. Em três anos houve uma queda de 15% na produção das sacolas plásticas.

As sacolas de plástico levam pelo menos 300 anos para se decompor no meio ambiente. Em todo o mundo são produzidos 500 bilhões de unidades a cada ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia. No Brasil, a principal alternativa são as sacolas de plástico oxibiodegradáveis. Elas vêm com um aditivo químico que acelera a decomposição em contato com a terra, a luz ou a água. O prazo de degradação é até 100 vezes menor - ou seja, uma sacola passa a levar apenas três anos para se decompor. No Paraná o governo já distribui gratuitamente essas sacolas.

Em São Paulo o projeto de lei determinando o uso de sacolas oxibiodegradáveis foi vetado pelo governador José Serra. Segundo o governo o aditivo que faz com que o plástico se degrade continuaria contaminando o ambiente por causa dos catalisadores empregados, derivados de metais como níquel e manganês. Nem Inglaterra nem Canadá, países que desenvolveram este aditivo oxidegradável, adotaram a tecnologia.

No Rio de Janeiro a fiscalização da lei que estimula o fim do uso das sacolas plásticas descartáveis em supermercados de médio e grande porte funciona desde o dia 16 de julho. Pioneira no país, a nova regulação oferece aos supermercados três opções: dar um desconto de três centavos a cada cinco itens comprados sem o uso de sacola plástica; trocar cada 50 bolsas retornadas por um quilo de alimento da cesta básica ou fornecer bolsas reutilizáveis. Os estabelecimentos também terão que exibir uma mensagem educativa que ensina ao consumidor que as sacolas plásticas levam até 100 anos para se decompor e estimula a sua substituição por sacolas reutilizáveis.

Quem quiser reclamar do descumprimento da lei, pode ligar para o INEA (Instituto Estadual do Ambiente) no telefone (21)2332-4604.
Mesmo antes do início fiscalização, segundo o INEA, no período de adaptação à lei, 600 milhões de sacolas de plástico deixaram de ser utilizadas. Entretanto, os fabricantes de sacolas argumentam que a medida cortará empregos no setor e os donos dos supermercados dizem que o custo de adaptação pode ser repassado ao consumidor.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), no Brasil, apenas em um mês um bilhão de sacolas são usadas para embalar produtos em lojas e supermercados. Deste número, 90% vão parar no lixo. Mas o cenário já foi pior: há quatro anos o país consumia três bilhões de unidades por mês com a mesma taxa de descarte.

O consumo de sacolas plásticas cai a cada ano no Brasil. Em 2007, foram produzidas 17,9 bilhões de unidades. Em 2008 foram 16,4 bilhões - 8,4% a menos. Já em 2009, 15 bilhões, uma queda de 16%. Neste ano de 2010, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estima uma diminuição de 20%. Segundo a Abief as campanhas contra o plástico afetam muito a indústria. O segmento de sacolas descartáveis representa 14% dos negócios do setor. Sem alternativa, os fabricantes começam a se reciclar. Materiais oxibiodegradáveis, hidrossolúveis e biodegradáveis, que se dissolvem na natureza de 3 a 36 meses, ganham terreno na mesma velocidade com que o plástico tradicional perde mercado. No ano passado, representaram negócios de cerca de 100 milhões.

De acordo com empresas que fabricam polímeros de baixo impacto ambiental, as sacolas ecológicas já representam 18% das embalagens flexíveis produzidas no Brasil. Os compostos quando acrescentados à fórmula básica do plástico aceleram a decomposição dos polímeros em até 400 vezes. Ou seja, as sacolas aditivadas são absorvidas pela natureza em até três meses - contra mais de 100 anos da embalagem comum.

O papel e o papelão também estão em alta entre as opções de substituição ao plástico comum. Os fabricantes brasileiros de embalagens garantem que as sacolas de papel representam cerca de 70% dos produtos mais procurados. Há uma tendência das lojas, exceto os supermercados, de migrar para esta solução.

Na busca por tornar as empresas mais sustentáveis, o preço é o maior impedimento para a troca das sacolas tradicionais por opções menos agressivas ao ambiente. Cada unidade do plástico comum custa em média 2 centavos de real. Uma embalagem oxibiodegradável custa em média 20% mais. Já uma embalagem de papel é 85% mais cara.


Conheça alguns dos substitutos ecológicos das sacolas plásticas poluentes:


Papel certificado
O selo do Forest Stewardship Council (FSC) assegura que o material da sacola vem de manejo sustentável das florestas. Isso significa preservação, extração responsável de matéria-prima e ajuda no desenvolvimento das comunidades envolvidas no processo.

Papel reciclado
Existem dois tipos: o pré-consumo, no qual a matéria-prima vem de resíduos de fábricas antes de chegar ao mercado (como as aparas) e o pós-consumo, que usa material descartado (como embalagens longa-vida). O segundo tipo ajuda a retirar lixo da natureza por meio de coleta seletiva e da ação de cooperativas de catadores.

Plástico Biodegradável
São feitos a partir de substâncias orgânicas, como milho, cana e batata. Se descartado, o plástico desaparece na natureza em questão de meses. A degradação ocorre pela ação de micro-organismos. No entanto, na ausência de oxigênio (caso seja enterrado, por exemplo), a decomposição gera gás metano, que contribui para o efeito estufa.

Plástico Oxibiodegradável
Um aditivo acelera em até 400 vezes a dissolução do plástico tradicional -com a ação de luz, calor e umidade, reduz o tempo de 100 anos para 3 meses. Em uma segunda fase, micro-organismos terminam o processo e deixam como resíduos apenas dióxido de carbono e água.

Plástico Compostável
É um tipo de plástico biodegradável com base vegetal que se comporta como matéria orgânica comum. É produzido para ser usado no processo de compostagem, para a obtenção de húmus e adubo.

Confira agora o tempo médio de decomposição dos resíduos na natureza:
Papel: 3 a 6 meses
Palito de madeira: 6 meses
Cigarro: 20 meses
Nylon: mais de 30 anos
Chiclete: 5 anos
Tecido: 6 meses a 1 ano
Fralda descartável comum: 450 anos
Lata e copos de plástico: 50 anos
Tampas de garrafa: 150 anos
Isopor: 8 anos
Plástico: 100 anos
Garrafa plástica: 400 anos
Pneus: 600 anos
Vidro: 4.000 anos
Fralda descartável biodegradável: 1 ano
Sacolas biodegradáveis: em média 18 meses



No site Zen People você encontra várias opções de ecobags (sacolas retornáveis) para facilitar o seu dia-a-dia.

Confira: www.zenpeople.com.br

Como fortalecer o sistema imunológico dos baixinhos

por Conceição Trucom


Basta! Está na hora de fortalecer o sistema imunológico dos baixinhos. Ele existe para ser forte e não para depender de antibióticos que façam o trabalho dele.

E sabe o que acontece com uma criança mimada que tudo fazem por ela? Fica indefesa e vulnerável ao mundo externo. E sabe o que acontece com um sistema imunológico bombardeado por antibióticos? O mesmo.

Então o recado é como FORTALECER e NUTRIR para EVITAR o enfraquecimento do sistema imunológico, através do esclarecimento de como determinados alimentos podem minar a saúde dos baixinhos, e dos altinhos também. Vamos ao principal deles:

O açúcar

Desde cedo os pais, influenciados pelos hábitos sociais, e pela fácil aceitação que este sabor tem, encharcam seus filhos com alimentos doces. Aliás, sempre afirmo que aniversário de criança nada mais é que uma orgia assassina do sistema imunológico, do pâncreas e da flora intestinal. Ou seja, num momento de festa e celebração pela vida, a vedete é um vilão: o açúcar nos doces, bolo e refrigerantes.

Depois de instalado este hábito, que mina aos poucos a capacidade da criança apreciar outros sabores mais sutis e naturais, como o das frutas e seus sucos, a dificuldade para revertê-lo vai aumentando com a idade da criança. Aliás, crianças viciadas em doces e refrigerantes são as que mais desenvolvem rejeição por alimentos saudáveis.

O açúcar é muito prejudicial a todas as pessoas, mas o que dizer para as crianças? Principalmente naqueles alimentos onde predomina a presença da sacarose, como é o caso do açúcar refinado, o demerara, o mascavo, o melado ou o mel. Estes são exemplos de alimentos biocídicos, que acidificam rapidamente o sangue, deprimem o sistema imunológico, anulam enzimas digestivas causando fermentações (gases e gastrite), entravam o trabalho digestivo, intoxicam, além de ativarem desequilíbrios emocionais e mentais.

O açúcar refinado (branco, confeiteiro e cristal) é o pior de todos porque seus aditivos de refinamento destroem ainda mais rapidamente as enzimas digestivas, sequestram mais cálcio, magnésio e ferro do sangue, prejudicando a formação dos ossos, dentes, provocando anemia por elevada acidificação do sangue.

Em pesquisa realizada nos laboratórios da Universidade de Loma Linda, EUA, constatou-se que cada glóbulo branco saudável tem o poder de combater 14 bactérias nocivas ao corpo. Entretanto, veja na tabela abaixo como o consumo de açúcar reduz esta capacidade natural de defesa do corpo.


Tabela: depressão do sistema imunológico x consumo de açúcar

Consumo/dia de açúcar
(colheres de chá)

Número de bactérias nocivas que o
glóbulo branco tem força para destruir

0

14

6

10

12

5,5

18

2

24

1


Portanto, todos os alimentos preparados com excesso de açúcar também serão fragilizadores/depressores do sistema imunológico. Lembra daquele xarope de mel e agrião? Sara a tosse na hora, mas breve ela retornará, cada vez mais agressiva e forte.

O ideal é que a criança aprenda desde cedo a apreciar o sabor natural dos alimentos, que devem ser adequadamente mastigados e degustados antes do engolir. O indicado é evitar receitas muito doces e optar por preparos (sucos, mousses, saladas, etc.) com frutas frescas, secas e aditivadas com sementes germinadas.

As frutas são ricas em frutose, um açúcar lento (menos glicêmico), muito mais saudável, natural, associada com fibras, enzimas, vitaminas e água estruturada (vitalizada) que dificilmente provoca picos glicêmicos e não acidifica o sangue, ao contrário, alcalinizam beneficamente o sangue.

Logicamente, não dá para viver sem o doce, um sabor infantil que nos lembra afeto e prazer, mas o bom senso é:

- Consumir preferencialmente frutas frescas e frutas secas, seja na forma natural, em gelatinas, mousses ou sucos;

- Substituir o açúcar por consumo moderado do melado de cana ou pelo mel de caju azedo que apesar de biocídicos são mais diluídos (portanto menos doces), ricos em ferro, sais minerais e alguns micronutrientes;

- Consumir o mel como um medicamento, ou seja, com moderação e muita consciência e;

- Na necessidade de dar um pequeno (lembre: pequeno) acerto na doçura, a estévia é um adoçante natural indicado para adultos e crianças.

Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para Alimentação Natural, bem-estar e qualidade de vida.

Fonte: www.docelimao.com.br



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