Bonito, leve e renovável, este é o bambu. A planta tem tudo para se firmar como alternativa à madeira e contribuir para uma arquitetura mais sustentável. Há milênios o bambu é empregado na construção de casas no Japão e na China, mas só nos últimos anos começou a ser empregado por aqui. Pesquisas na construção civil avalizaram sua resistência e durabilidade e pessoas do mundo todo redescobriram o bambu e passaram a usá-lo em seus projetos.
O bambu tem chamado atenção por vários motivos. Um deles é que em apenas três anos está pronto para o corte. Sua beleza e sua resistência também surpreendem: a compressão, a flexão e tração ja foram testadas e aprovadas. E mais, se tratado adequadamente tem durabilidade superior a 25 anos, equivalente a do eucalipto. Os tratamentos químicos são necessários e são para remover pragas como brocas, mas cupins não se interessam pelo bambu.
Das cerca de 1300 espécies conhecidas, há pelo menos 400 no Brasil. As espécies mais indicadas para a construção são: guadua, gigante e mossô. Todos são encontrados no Brasil, onde existem grandes florestas inexploradas de várias espécies. Só no Acre os bambuzais cobrem 38% do estado.
Com as pesquisas realizadas em universidades, arquitetos se animaram e tem experimentado o bambu em seus projetos. E muitos tem apostado em projetos que conciliam natureza e tecnologia. Em áreas externas, os produtores recomendam aplicar verniz naval para proteger do calor, do frio e da chuva. Dependendo de como aplicado, quebra a robustez do aço e proporciona uma atmosfera tranqüila, com fluxo um mais leve de ar.
Casas feitas de bambu são muito comuns pelo mundo afora. A estimativa é que mais de 1 bilhão de pessoas morem em construções de bambu em todo o mundo. Infelizmente, grande parte foi construída em países em desenvolvimento com técnicas tradicionais que estão se perdendo.
O desafio agora é resgatar conhecimentos e divulgar o bambu, eliminando a idéia de que ele seria um material menos nobre. É necessário também aprimorar técnicas para a aplicação em projetos de alto padrão.
As apostas na planta como substituta do aço e da madeira
A ideia é: em vez de florestas de eucaliptos, bambuzais, e em vez de vigas de aço, varas de bambu. As varas, que podem ser usadas como pilares, vigas e pisos, são mais leves do que a madeira e têm força de tração similar à do aço. O aproveitamento é total: placas de treliças, réguas e mosaicos destinados à decoração são feitos a partir dos bambus tortos. Só os colmos perfeitamente retilíneos são adequados para uso na construção civil. Dessa maneira, nada se perde. Seu cultivo é sustentável, pois ao contrário do pínus e do eucalipto, o bambu precisa ser plantado apenas uma vez e a partir do sétimo ano tem extração anual perene. É uma planta de sucessivas brotações e permite muitos cortes, oferecendo um cultivo e manejo simples e sustentável.
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