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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Como fortalecer o sistema imunológico dos baixinhos

por Conceição Trucom


Basta! Está na hora de fortalecer o sistema imunológico dos baixinhos. Ele existe para ser forte e não para depender de antibióticos que façam o trabalho dele.

E sabe o que acontece com uma criança mimada que tudo fazem por ela? Fica indefesa e vulnerável ao mundo externo. E sabe o que acontece com um sistema imunológico bombardeado por antibióticos? O mesmo.

Então o recado é como FORTALECER e NUTRIR para EVITAR o enfraquecimento do sistema imunológico, através do esclarecimento de como determinados alimentos podem minar a saúde dos baixinhos, e dos altinhos também. Vamos ao principal deles:

O açúcar

Desde cedo os pais, influenciados pelos hábitos sociais, e pela fácil aceitação que este sabor tem, encharcam seus filhos com alimentos doces. Aliás, sempre afirmo que aniversário de criança nada mais é que uma orgia assassina do sistema imunológico, do pâncreas e da flora intestinal. Ou seja, num momento de festa e celebração pela vida, a vedete é um vilão: o açúcar nos doces, bolo e refrigerantes.

Depois de instalado este hábito, que mina aos poucos a capacidade da criança apreciar outros sabores mais sutis e naturais, como o das frutas e seus sucos, a dificuldade para revertê-lo vai aumentando com a idade da criança. Aliás, crianças viciadas em doces e refrigerantes são as que mais desenvolvem rejeição por alimentos saudáveis.

O açúcar é muito prejudicial a todas as pessoas, mas o que dizer para as crianças? Principalmente naqueles alimentos onde predomina a presença da sacarose, como é o caso do açúcar refinado, o demerara, o mascavo, o melado ou o mel. Estes são exemplos de alimentos biocídicos, que acidificam rapidamente o sangue, deprimem o sistema imunológico, anulam enzimas digestivas causando fermentações (gases e gastrite), entravam o trabalho digestivo, intoxicam, além de ativarem desequilíbrios emocionais e mentais.

O açúcar refinado (branco, confeiteiro e cristal) é o pior de todos porque seus aditivos de refinamento destroem ainda mais rapidamente as enzimas digestivas, sequestram mais cálcio, magnésio e ferro do sangue, prejudicando a formação dos ossos, dentes, provocando anemia por elevada acidificação do sangue.

Em pesquisa realizada nos laboratórios da Universidade de Loma Linda, EUA, constatou-se que cada glóbulo branco saudável tem o poder de combater 14 bactérias nocivas ao corpo. Entretanto, veja na tabela abaixo como o consumo de açúcar reduz esta capacidade natural de defesa do corpo.


Tabela: depressão do sistema imunológico x consumo de açúcar

Consumo/dia de açúcar
(colheres de chá)

Número de bactérias nocivas que o
glóbulo branco tem força para destruir

0

14

6

10

12

5,5

18

2

24

1


Portanto, todos os alimentos preparados com excesso de açúcar também serão fragilizadores/depressores do sistema imunológico. Lembra daquele xarope de mel e agrião? Sara a tosse na hora, mas breve ela retornará, cada vez mais agressiva e forte.

O ideal é que a criança aprenda desde cedo a apreciar o sabor natural dos alimentos, que devem ser adequadamente mastigados e degustados antes do engolir. O indicado é evitar receitas muito doces e optar por preparos (sucos, mousses, saladas, etc.) com frutas frescas, secas e aditivadas com sementes germinadas.

As frutas são ricas em frutose, um açúcar lento (menos glicêmico), muito mais saudável, natural, associada com fibras, enzimas, vitaminas e água estruturada (vitalizada) que dificilmente provoca picos glicêmicos e não acidifica o sangue, ao contrário, alcalinizam beneficamente o sangue.

Logicamente, não dá para viver sem o doce, um sabor infantil que nos lembra afeto e prazer, mas o bom senso é:

- Consumir preferencialmente frutas frescas e frutas secas, seja na forma natural, em gelatinas, mousses ou sucos;

- Substituir o açúcar por consumo moderado do melado de cana ou pelo mel de caju azedo que apesar de biocídicos são mais diluídos (portanto menos doces), ricos em ferro, sais minerais e alguns micronutrientes;

- Consumir o mel como um medicamento, ou seja, com moderação e muita consciência e;

- Na necessidade de dar um pequeno (lembre: pequeno) acerto na doçura, a estévia é um adoçante natural indicado para adultos e crianças.

Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para Alimentação Natural, bem-estar e qualidade de vida.

Fonte: www.docelimao.com.br



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